A música é um analgésico. Ativa as regiões de recompensa do cérebro que se sobrepõem aos centros de alívio da dor e nos ajuda a regular as emoções que correspondem à percepção da dor.
Mas os cientistas ainda lutam para identificar o que dá à música esse efeito. Em estudos anteriores, propriedades musicais como ritmo, energia e quão relaxante ou excitante é uma música não afetam o alívio da dor. Em um novo estudoos pesquisadores argumentam que o alívio pode vir de deixar as pessoas escolherem músicas.
A equipe projetou um experimento online em que os participantes ouviam músicas com baixa ou alta complexidade. Além disso, eles deram a impressão de que os participantes poderiam escolher sua música. Os grupos com a escolha percebida ouviram quatro segmentos musicais de dois segundos e escolheram um para ouvir na íntegra. No entanto, todos os clipes vieram da mesma música, então todos ouviram a mesma música.
Os pesquisadores se uniram a um compositor para escrever uma peça que se intensificou lentamente e terminou com uma sensação de liberação. Eles removeram diferentes componentes de melodia e percussão para simplificar essa faixa. Isso rendeu duas peças que compartilhavam as mesmas partes musicais, mas diferiam em complexidade.
Antes do teste, os participantes avaliaram seu bem-estar, intensidade da dor e desconforto da dor. Então, eles ouviram a música inteira – seja a versão complexa ou simples. Depois, eles reavaliaram sua dor e bem-estar, relataram sua resposta emocional à música e quantificaram o quão profundamente eles se envolvem com a música em suas vidas cotidianas.
As pessoas que pensaram que escolheram a música reduziram a intensidade da dor, mas não o desconforto, e as pessoas que se envolveram regularmente com a música se beneficiaram mais. Enquanto isso, a complexidade da música não afetou o resultado.
Escolher música dá às pessoas controle sobre seu ambiente, o que pode aliviar a dor. Isso leva a sentimentos de bem-estar e diminuição da percepção da dor, escrevem os autores. As descobertas também destacam a importância da absorção musical – a sensação de se perder em uma música e perder a consciência física.
No futuro, a equipe espera desenvolver estratégias que envolvam ouvintes que não ouvem muito música em suas vidas normais. Isso pode envolver recursos visuais incorporados, por exemplo, para capturar a atenção do ouvinte.
Os autores esperam que os resultados possam ser usados para melhorar a musicoterapia. Não basta apenas tocar música de fundo. Para ter o maior impacto, dê aos pacientes o aux.
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